O Edifício Avenida Central tem muita história para contar. Desde sua fundação até a data de hoje, já se vão 60 anos. Apesar da polêmica construção, ele é considerado uma das referências de quem visita o centro da cidade do Rio de Janeiro. Seja por ter ouvido falar seu nome ou por passar as tardes comprando materiais de computador e comendo nos restaurantes, o Edifício passa pela boca de muita gente.
Antes de virar o edifício comercial que é conhecido hoje em dia, o número 156 da Avenida Rio Branco abrigava o Hotel Avenida – famoso hotel construído em 1910 na Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco), em estilo parisiense. Juntamente ao Hotel Avenida, havia a Galeria Cruzeiro no térreo. Ambos eram propriedade da Light.
A Galeria foi bastante famosa por abrigar ótimos bares, lojas e restaurantes, além de ser palco de vários carnavais cariocas. Além disso, tinha elevadores elétricos e telefone A parte frontal da galeria, virada para a atual Avenida Rio Branco, dava para o terminal dos bondinhos da Companhia Jardim Botânico, vindos da Zona Sul da cidade, atraindo um público bem seleto para o hotel. Em 1957, o Hotel foi demolido para dar início às construções do Edifício Avenida Central.
À época, a escolha de construir o Edifício foi guiada pelo marco arquitetônico. Com grande influência da Escola de Chicago, o prédio da antiga Avenida Central foi o primeiro do estado do Rio de Janeiro a ser totalmente feito em estrutura metálica. Com isso, entra uma figura importante para a história do centro do Rio.
Regina (ou Regine) Feigl foi uma empreendedora polaco-brasileira. Ela era engenheira química e ganhadora da Ordem do Rio Branco. Junto ao seu marido, Fritz Feigl, químico, montou uma fábrica em São Paulo, após fugir da Segunda Guerra. Nela, Fritz desenvolveu um método de extrair cafeína dos grãos de café. A descoberta foi vendida para Coca-Cola.
No ramo imobiliário, uma das empresas de Regina participou da construção do Edifício Avenida Central. O projeto do Edifício foi feito pelo arquiteto Henrique Mindlin e, para o momento, foi considerada uma construção bem ousada, visto que o prédio tem 34 andares na torre, três andares na galeria e dois subsolos. De fato, é um prédio com muita história. Desde a criação da icônica Galeria Cruzeiro e Hotel Avenida até a construção do Edifício, muito tempo se passou e muitos acontecimentos tomaram espaço no número 156. Hoje, ele continua se adaptando e refazendo para atender melhor o público da antiga e nova geração com acessibilidade, atenção e responsabilidade.
